quinta-feira, 9 de agosto de 2012

valor da bençao d e um pai

  VALOR DA BENÇÃO D E UM PAI TERRENO


BENÇAO D E UM PAI
Gn 27:34-36,40

Em nossa cultura quando pensamos em bênção paternal, pensamos logo naquele ritual que muitas famílias praticavam e algumas poucas ainda praticam de sempre pedir a bênção do pai, da mãe, avós, tios, etc. Embora esta pratica seja bonita e importante, ela é praticada sem o conhecimento da verdade nela contida. A bênção é dada por qualquer um até mesmo por aqueles que vivem de forma abominável a Deus.
Em nossos dias modernos, não compreendemos o significado e o poder de uma bênção paternal. Tanto Jacó como Esaú sabiam do poder contido na bênção de seu pai. A bênção era algo tão poderosa, tão valiosa que Jacó e sua mãe se dispuseram a mentir ao pai e enganá-lo para obtê-la.
Esaú também reconhecia a bênção paternal sobre a vida do filho primogênito e a desejou ardentemente. Quando percebeu que ela havia sido roubada por seu irmão Jacó, Esaú chorou e clamou para que seu pai o abençoasse também. Ao final ficou tão irado que jurou vingança de morte contra seu irmão.
Quero hoje falar mais especificamente aos pais de nossa igreja e futuros pais. Dar a bênção aos filhos é algo muito sério. Veja o que aconteceu com Cam (pai de Canaã) em Gn 9:20-27. Segundo a maldição que seu pai lhe deu os descendentes de Cam se tornaram servos dos filhos de Sem.
A benção ou a maldição vinda dos pais, que são autoridades constituídas por Deus sobre os filhos tem um poder maior do que imaginamos.
Para que vocês possam compreender esta verdade analisaremos o verdadeiro significado da bênção paternal através da Bíblia.

 Definição da palavra “bênção”
Abençoar no hebraico é traduzido por “baruch”. Baruch significa, literalmente, prostrar-se diante de alguém. Quando uma pessoa ia pedir a bênção deveria prostrar-se diante daquele que daria a bênção. Entretanto a principal conotação espiritual dessa palavra é: autorizar para prosperar. Assim, abençoar alguém é dar autorização para que ela prospere. Quando o pai abençoa seu filho, está autorizando que ele prospere. Não estamos falando de prosperar apenas na área financeira – prosperar era entendido como ser bem-sucedido em todas as dimensões da vida. Ser bem sucedido no casamento, relacionamento com os filhos, nas finanças, na saúde, na profissão, no ministério, etc.
Quando abençoamos alguém, não estamos adulando. Não é uma forma de carinho, de respeito apenas – ter a bênção do pai e da mãe, implica em identidade. Ter a bênção é ter raiz, ter definição quanto ao que é e busca ser. Desejar a bênção do pai é reconhecer que o Deus ao qual o pai serve é verdadeiro.
No caso do pai por exemplo ser espírita, sua bênção, que para nós, entendemos como maldição, conduzirá o filho a um destino, a uma identidade dominada por Satanás.
Deus colocou os pais como agentes para nos abençoar, nos conduzir a uma identidade, nos orientar para que cresçamos com um destino seguro ao céu. Entretanto muitos pais sem saber estão transmitindo aos filhos maldição, não o fazem porque desejam o mal, mas por não conhecerem a verdade, ensinam as mentiras do diabo.

 A bênção paternal não é está vinculada apenas a um dia “x” mas pode culminar num dia “x”
Para compreendermos o que estou querendo dizer vou usar um ritual da cultura judaica, porque foi nesta cultura que Jesus foi formado e que os apóstolos foram criados.
Na cultura judaica, a cerimônia do Bar Mitzvah é realizada na idade dos treze anos de forma geral. Os pais decidem quando acham que os filhos estão prontos para esta cerimônia. Ela marca o ritual de passagem do(a) filho(a) de criança a puberdade, isto é, na verdade é a bênção dada pelos pais para que os filhos se tornem adultos.
A bênção não está ligada apenas com o momento em que o filho se prostra para receber a bênção, mas implica numa dedicação dos pais em conduzirem os filhos para aquele momento. Os pais deveriam educar os filhos para que estes se tornassem íntegros, retos, misericordiosos, adoradores de Jesus (Jeová), obedientes aos mandamentos de Deus.
Dt 4:9 – Tão somente guarda-te a ti mesmo, e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas cousas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e os farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos.
Os pais são chamados a viverem uma vida reta, guardando todos os mandamentos de Deus, vivendo sem esquecer o passado de onde vieram e como Deus os libertará das mãos do Faraó. Vivendo o evangelho dado por Deus deveriam transmitir aos filhos tudo que viram e ouviram de Deus. A bênção está na transmissão dessas verdades durante a vida e culmina em fim neste dia especial, onde todos testemunham a bênção do pai sobre o filho ou filha.
Para os filhos esta bênção é muito valiosa pois eles sabem, tem segurança de que a partir daquele instante eles são reconhecidos pela sociedade como adultos, responsáveis por suas decisões, se sentem totalmente libertos para seguirem seus destinos.
Muitos de nós nos sentimos presos aos nossos pais porque nunca recebemos a bênção deles para prosseguirmos em nossos caminhos. Muitas pessoas constroem famílias, seguem seus destinos sem terem a bênção dos pais e por isso vivem entre o futuro e o passado. No fundo estão sempre se sentindo amarrados – falta à bênção que os liberem para seguirem seus destinos.
A cerimônia do casamento nos da a certeza de que somos casados, de que formamos uma nova família. A benção dos nossos pais nos dá a certeza de que crescemos e de que somos capazes de tomar decisões.

 Como preparar nossos filhos para caminharem na bênção?
Embora não seja meu interesse entrar hoje na questão da educação, não poderia deixar de falar algo a respeito de como preparar nossos filhos para receberem a bênção e seguirem seus destinos.
Para isso quero mostrar a vocês como Deus nos prepara para caminharmos na bênção.
Dt 30:19 – Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição: escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando ao SENHOR teu Deus, dando ouvidos á sua voz, e apegando-te a Ele; pois disto depende a tua vida e a tua longevidade; para que habites na terra que o SENHOR, sob juramento, prometeu dar a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó.
Deus age conosco através do livre arbítrio. Deus nos dá liberdade de escolha, entretanto nossa escolha faz com que Deus nos dê a bênção ou a maldição. É assim que Deus nos ensina a viver. Você sempre tem duas alternativas, escolha uma delas e receberá o fruto de sua escolha. A escolha certa te trará bênção, por outro lado à escolha errada te trará danos - que chamamos na Bíblia de maldição.

É assim que Deus nos ensina, vejamos outros textos: Dt 28:1-2, 15; Mt 6:33; Jo 15:6-7,10 - A bênção ou maldição depende de nós. Depende de como respondemos ao que Deus nos ordena.
Deus trata conosco pelo exercício da autoridade. Ele tem todo o poder e nos dá liberdade para decidirmos, entretanto nos abençoa quando decidimos certo e nos pune quando decidimos errado. Desta forma Deus está buscando nos ensinar a tomar decisões certas. O sofrimento neste sentido é o veiculo para nos alertar de que precisamos mudar de direção. Como Pai, Deus, nos corrige (Hb 12:5-7), isto não significa que perdemos a salvação, mas que necessitamos nos arrepender e voltar ao caminho certo. Qual o caminho certo? Reconhecermos sua autoridade e praticarmos aquilo que Deus deseja de nós.
Às vezes sofremos mesmo quando tomamos decisões certas, mas estes sofrimentos não vêm de Deus e sim de pessoas que não conhecem a Deus e que acabam sendo usados pelo diabo para nos afrontar. Todo cristão consegue discernir de onde vêm estes ataques.

Por outro lado Satanás o inimigo de nossas almas está sempre tentando nos manipular. O diabo não nos dá livre arbítrio, ele tenta nos conduzir para realização de sua vontade.
Nós pais precisamos aprender com Deus que devemos exercer sobre nossos filhos o exercício da autoridade. Deveríamos começar a trabalhar desta forma com eles desde pequeninos. Sempre mostre ao filho o caminho A e o caminho B. Deixe-o decidir, mas faça-o sentir as conseqüências de suas decisões. Se decidir corretamente continuará tendo liberdade, se decidir de forma errada perderá sua liberdade. Por exemplo: li em um certo livro que um jovem sempre trancava a porta de seu quarto. Quando o pai ou mãe lhe pedia para abrir a porta para conversar; ele não obedecia, e muitas vezes aumentava o som que estava ouvindo em seu quarto para que os pais desistissem. (...) Um dia o pai tirou a porta de seu quarto. O filho por sua conduta errada perdeu o direito de ter a porta no quarto.

Devemos ensinar nossos filhos a respeitar a autoridade que Deus investiu em nós pais. Temos que educá-los de forma que eles nos obedeçam e tomem decisões que honrem o nosso nome e desta forma o nome de Deus. As decisões tomadas corretamente trarão sobre eles privilégios, bênçãos e as decisões tomadas de forma errônea trarão punições, perda de privilégios. Desta forma estaremos transformando nossos filhos em homens e mulheres de caráter, de personalidade integra, reta.
Viva de forma que seus filhos se tornem bênção, de forma que aprendam a respeitar sua autoridade, sem cair na tentação de manipulá-los. Não tente comprar o amor de seu filho, nunca deixe de aplicar a correção, a disciplina, pois todo erro merece a disciplina. Lembre-se Deus sofreu em nosso lugar, mas não deixou de aplicar a disciplina. Abençoe seu filho(a) apenas sendo pai ou mãe. Exerça com amor a autoridade que Deus investiu sobre você.

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