quinta-feira, 29 de novembro de 2012

anunciar dever d e todos e insistir

Teu é o Reino

- O REINO NO ESQUECIMENTO

ADVERTÊNCIAS DOS APÓSTOLOS O Apóstolo Paulo foi o homem que levou o Cristianismo à famosa cidade Grega de Éfeso. Depois de permanecer três anos ali para estabelecer a comunidade de crentes, foi-se embora para continuar o seu trabalho noutros lugares.

Anos mais tarde, numa viajem a Jerusalém, onde ele sabia que seria preso e encarcerado, interrompeu a sua viajem perto de Éfeso e mandou chamar os anciãos daquela comunidade Cristã para dar-lhes o seu conselho e bênção finais e preveni-los sobre os perigos do futuro.

Disse ao entristecido grupo que essa seria a sua última reunião com eles: “Agora, eu sei que todos vós, em cujo meio passei pregando o reino, não vereis mais o meu rosto.” (Atos 20:25) Note que a palavra “reino” foi usada por Paulo para resumir tudo aquilo que lhes tinha pregado.

 O seu comentário seguinte demonstra todo o significado com que usava este termo: “Portanto, eu vos protesto, no dia de hoje, que estou limpo do sangue de todos; porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus.” (Atos 20:26-27)
 
dói ma s nao podemos desistir
Depois olha para o futuro e vê que são corrompidas as verdades que pregou, pelo que com tristeza previne-os dos perigos: “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a Igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.” (Atos 20:28-30)

  Este aviso não era o primeiro. Desde o princípio da sua associação Paulo tinha-lhes advertido constantemente sobre o perigo do erro que se introduziria na fé: “Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um.” (v. 31) Advertiu-lhes que a única maneira de permanecerem livres do erro consistia em manterem-se próximos de Deus e de Sua palavra, porque só assim poderiam encontrar a salvação: “Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados.” (v. 32)



  UM REINO DE GRAÇA Possivelmente conscientes da inadequada sugestão de que a Igreja estabelecida é o reino de Deus, muitos expressam a ideia de que se trata de um reino de graça no coração dos que creem em Jesus. Nos seus motivos, pensamentos e ações, tal coração está sob o controlo do Salvador, o qual reina ali como rei. Ao perguntar-lhe qual é o apoio Bíblico para esta crença, o interrogado geralmente refere-se às palavras de Jesus: "O reino de Deus está dentro de vós.” É uma das grandes tragédias dos religiosos modernos fazer com que as pessoas tomem passagens isoladas na Bíblia e usem-as para construir um edifício completo de fé e crença, muitas das vezes em oposição ao ensino geral da Bíblia.

 Este conceito particular do Reino é um exemplo sobressaliente desta prática. Em vez de considerar a frase isolada vejamos toda a passagem tal como a registou Lucas: “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós. A seguir, dirigiu-se aos discípulos: Virá o tempo em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis.

E vos dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Não vades nem os sigais; porque assim como o relâmpago, fuzilando, brilha de uma à outra extremidade do céu, assim será, no seu dia, o Filho do Homem. Mas importa que primeiro ele padeça muitas coisas e seja rejeitado por esta geração.” (Lucas 17:20-25) Com toda a passagem diante de nós temos uma maior capacidade para entender o seu significado. Em primeiro lugar notemos com quem fala Jesus: inicialmente foi com os Fariseus, os quais viam Jesus como inimigo e rival; depois falou com os seus próprios discípulos.

O primeiro pensamento que vem à mente ao considerar este incidente é: Porque precisaram os Fariseus de fazer essa pergunta? Se um reino espiritual de graça fosse o ensino de Cristo quando andava a pregar o Reino de Deus – e já vimos que o Reino foi o verdadeiro tema da sua mensagem – então nenhum deles, nem até os Fariseus, tinham de esperar por sinais visíveis da sua vinda, já que este viria em tempos diferentes a pessoas diferentes. A pergunta assim teria sido desnecessária. Assim, o fato de terem feito a pergunta proporciona-nos um ponto de vista do que Jesus estava a dizer acerca do Reino – ou melhor, o que ele não estava a dizer acerca do Reino. Repetimos, se Jesus, ao pregar o Reino de Deus, estivesse a convidar os seus ouvintes a somente esperar algum sentimento interior de bondade e paz, então os Fariseus nunca teriam precisado de colocar essa questão acerca de quando viria – a resposta teria sido óbvia. ERAM OS FARISEUS O REINO DE DEUS? O segundo pensamento é sugerido pela palavra Fariseus.


 Assim que a pergunta foi realmente um desafio escarnecedor para Jesus. “Tu tens estado a falar o tempo todo sobre o reino de Deus – alguma vez virá?” Quando era enfrentado por homens desta maneira, Jesus nunca dava uma resposta direta. Como ele tinha dito previamente aos seus discípulos, aqueles que não queriam ver a verdade acerca do Reino de Deus permaneceriam cegos no que se referia ao Reino: “A vós outros vos é dado conhecer o mistério do reino de Deus; mas, aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas, para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se, e haja perdão para eles.” (Marcos 4:11-12) Podemos estar seguros de que os Fariseus entravam na categoria daqueles que estavam “fora” do alcance da mensagem de Cristo, e a resposta de Cristo podia ter a intenção de ser uma espécie de parábola, para ocultar em vez de esclarecer. Não deveríamos, assim, investigar o seu significado oculto, assim como nas outras parábolas de Cristo, em vez de tomar o seu significado superficial?

  A prova mais convincente de que Jesus não se estava a referir ao Reino de Deus como um espírito de graça interior, reside nos caracteres dos homens aos quais se disse “o reino de Deus está dentro de vós” Reinaria Jesus no coração dos Fariseus? Não é necessário fazer a pergunta. Isto é o que Jesus disse que estava nestes homens obstinados e malvados: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança!” (Mateus 23:25) “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.” (Mateus 23:27-28) Assim, segundo a autoridade de Jesus, os Fariseus tinham corações maus “entre” eles – certamente não tinham o Reino de Deus em nenhum sentido possível.

O que queria ele dizer então? “A VÓS OUTROS ESTÁ PRÓXIMO O REINO DE DEUS.” Primeiramente, um comentário sobre duas das palavras que usou Jesus: O Reino não vem com “visível aparência.” A palavra original aqui traduzida como “visível aparência” é única no Novo Testamento, assim que não podemos aplicar o método normal para obter uma ideia do significado ao comparar o seu uso no resto da Bíblia. Mas uma palavra relacionada com esta é usada, e esta tem um significado de examinar cuidadosamente algo ou alguém. Usa-se para descrever o cuidadoso escrutínio que os fariseus faziam a Jesus para ver se encontravam algo censurável (Marcos 3:2; Lucas 6:7; 14:1; etc.), ou a cuidadosa vigilância posta às portas de Damasco para impedir que Paulo saísse da cidade sem ser observado (Atos 9:24).


em que sentido o Reino de Deus estava entre os Fariseus?

 Deixemos que a Bíblia se interprete a si mesma. Enquanto Jesus viajava por todo o país, pregando o Evangelho, enviava os discípulos às cidades dos arredores para que por meio dos seus milagres de curas e da sua pregação, os habitantes estivessem preparados para a visita do próprio Jesus.

Ele instruiu os discípulos assim: “Curai os enfermos que nela houver e anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de Deus.” (Lucas 10:9)

Quando o próprio Jesus fazia tais milagres dizia-se que o Reino de Deus tinha chegado: “Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o reino de Deus sobre vós.” (Lucas 11:20) É muito fácil ver de que forma Jesus usava estas palavras.

 O Reino de Deus tinha-se aproximado deles, ou estava entre eles, no sentido de que as pessoas tinham recebido a oportunidade de ouvir e aceitar o ensino a esse respeito, tinham sido testemunhas do grande poder através do qual o reino haveria de ser estabelecido (Paulo chama aos milagres “poderes do mundo vindouro” (Hebreus 6:5)), e sobretudo tinham entre eles quem era a encarnação de tudo o que o reino representava, e que seria o seu futuro rei.

Retornando à confrontação entre Jesus e os Fariseus, podemos ver que ele estava a responder à hostilidade daqueles ao dizer de fato: “Não há necessidade de procurarem cuidadosa e assiduamente pelo Reino de Deus. Se somente tivessem olhos para ver saberiam que eu, o qual está aqui entre vocês, sou o governante do futuro Reino que foi prometido faz longo tempo, e através de cuja pregação e milagres o aproximou de vocês para que o aceitassem.

Mas como vocês tem estado tão obcecados com a observação crítica e exame meticuloso de minha pessoa, falharam em ver quem realmente eu sou.” Na verdade, foi uma resposta enigmática, mas esse era o seu proceder para com os Fariseus quando eles tentavam apanhá-lo em falso. Nós certamente não devemos interpretar as palavras de Cristo de modo que contradigam o resto da sua pregação ou o resto das Escrituras. PALAVRAS DE CRISTO AOS APÓSTOLOS Tendo respondido aos Fariseus, Jesus volta-se para os seus discípulos e com eles fala claramente sobre a sua futura vinda para estabelecer o Reino de Deus.

 Primeiro teria que sofrer e morrer, depois separar-se-ia deles, e eles ansiariam pelo seu regresso. Ele diz que a sua futura vinda será tão óbvia para eles e para o mundo como o seu papel atual devia tê-lo sido para os Fariseus. Isto parece ser o significado da seguinte passagem, numa moderna paráfrase do texto de Lucas: “Mais tarde falou novamente sobre isto com os seus discípulos. Virá o tempo quando ansiarão para que esteja convosco ainda que seja por um só dia, mas não estarei aqui, disse. Chegar-vos-ão notícias do meu regresso e que estou num lugar ou noutro. Não acrediteis neles, nem procureis por mim. Porque quando regressar saberão sem dúvida nenhuma . Será tão evidente como o relâmpago que brilha através dos céus. Mas primeiro tenho que sofrer terrivelmente e ser desprezado por toda esta nação.” (Lucas 17:22-25), O Novo Testamento Vivente) Assim explicou Jesus aos seus discípulos que eles não teriam que buscar cuidadosamente a vinda do Reino.



Ao mesmo tempo é completamente evidente que existe num certo sentido no qual Deus pode e realmente habita nos corações dos homens e mulheres. Existem muitas alusões à gloriosa verdade de que Deus e Cristo moram nos corações daqueles que os amam e lhes são fieis. Um dos temas das epístolas é o templo espiritual de Deus edificado sobre Cristo, no qual Deus mora num sentido espiritual agora, e morará num sentido mais amplo no futuro. Então será dito que estará “Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles” (Apocalipse 21:3). Mas esta é uma figura Bíblica diferente do Reino de Deus. Ele reina sobre o reino, mas mora no seu templo.

predições dos Apóstolos no sentido de que depois da sua morte a fé original seria corrompida desde dentro e fora da jovem Igreja. Com a ajuda de historiadores sérios examinamos a história da Igreja durante os séculos seguintes. Concernente à Igreja em geral aprendemos que desde a segunda metade do segundo século gradualmente afastou-se da primitiva simplicidade da fé e começou a incorporar ideias da filosofia Grega. Mais tarde isto tornou-se numa política deliberada para atrair conversos do paganismo. Finalmente as novas ideias impuseram-se de tal formal que os poucos que ainda se agarravam à fé original foram vistos como objetos de desprezo e irrisão, e até de perseguição.

A clara doutrina do Novo Testamento acerca do retorno de Cristo para estabelecer o Reino de Deus na terra foi um alvo especial destes ataques. Enquanto que na generalidade aderiu-se a ela durante os primeiros trezentos anos, mais tarde foi vista como uma alegoria e finalmente foi considerada como uma heresia. No século IV foi dito que o Reino de Deus tinha chegado com o reino de Cristo sobre a sua Igreja, apesar do fato de que a Igreja por esta época ser corrupta na prática e extraviada na doutrina.

a  bondade   e  misericordia    paciencia     amor DIVINO     quando os homens  se  desviaram ele ainda  faz  um  apelo

Em tempos mais recentes tem sido dito que o Reino de Deus manifesta-se quando um coração sintonizado com a mente divina e Deus reina supremo na vida da pessoa.
  única passagem Bíblica que sugere isto e descobrimos que a frase “o reino de Deus está dentro de vós” foi dirigida aos Fariseus hipócritas aos quais Cristo certamente não considerava como filhos de Deus, senão o contrário. Vimos que Jesus usou a palavra “dentro”  no sentido de estar no meio deles, sendo ele o centro e a encarnação de tudo o que o Reino de Deus representava. “PERGUNTAI PELAS VEREDAS ANTIGAS”

Quando Israel, faz muito tempo, afastou-se da verdadeira adoração a Deus, recebeu esta súplica de Deus para que retornassem a ele. “Assim diz o SENHOR: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma;” (Jeremias 6:16)

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